09/09/2010

Metsumi nos pinus

Nesta altura ando atarefado com o corte de agulhas nos pinus, a operação facilita a entrada de luz e promove o "backbudding" ajudando assim a densificar e manter a forma.


Este é o maior pinus que tenho, tem cerca de 90 cms de altura. Tenho ainda que ajustar melhor a frente e re-aramar tudo novamente. A árvore foi toda desaramada e voltará a ser aramada mais á fente durante o Inverno, para ajustar novamento o posicionamento de alguns ramos.
Mário Eusébio

8 comentários:

rafael baptista disse...

adoro este pinus, é muito credível, mas como te tinha dito o ramo da esquerda desaparecia (se fosse meu, hehe) de qualuqer maneira com o ramo ou não está uma imagem muito realista e agradavel....

os pequenos jins exactamente como estão preenchem toda a imagem, muito bom

parabens

MMeruje disse...

Olá Mário,

O metsumi não devias ter feito já ?!?!

Mário Eusébio disse...

Viva!

Rafael, o ramo da esquerda não me agrada totalmente, pois ainda tenho que estudar melhor o seu posicionamento e estrutura, mas a seu tempo vai ao sitio :)! Obrigado pelas sugestões!

Márcio , eu costumo fazer o corte de agulhas por esta altura ou até mais tarde um pouco...como não tenho problemas de geadas a árvore tem tempo de formar novos brotes sem problema de eles "irem á vida" no Inverno! Eu ainda não tenho árvores estabilizadas em vasos há tempo suficiente para provocar uma segunda brotação fazendo corte de agulhas em finais de Junho ou em Julho, estaria a arriscar a saúde da planta.

Abraços,

Mário Eusébio

Márcio Meruje disse...

Olá Mário,

Tenho reparado no que dizes quanto à "segunda rebentação" . Contudo, este ano optei por um tabalho diferente e consegui, ao dia de hoje, ter uma segunda rebentação nos pinheiros e tenho-os com back-budding. Isto para pinheiros com 2 ou mais anos de recuperação .

O melhor a fazer quando o pinheiro não tem vitalidade suficiente é deixá-lo crescer livremente durante os dois anos de recuperação. Perdemos dois anos, e alguns ramos alongam-se, mas são compensados no segundo / terceiro ano dependendo do exemplar...

Aparece por cá ;)

Abraço,

Nelson F. Lopes disse...

Olá Mário,

também gosto bastante deste pinus.
Menos maduro obviamente e um pouco menos movimento de tronco, mas faz-me lembrar um pouco o famoso Pinus Silvestris do Walter Pall. Concordo com o rafael que é uma imagem como se pode facilmente encontrar nas (poucas) florestas no Norte.
Aproveitando esta oportunidade e uma vez que tens vários exemplares de silvestris recolhidos gostaria de "beber" da tua experiência no que diz respeito à recolha desta espécie em particular. Já fiz vários yamadori de outras espécies e tenho-me dado mais ou menos bem. Encontrei no entanto um silvestris extremamente interessante que não gostaria de por em perigo por negligência na recolha. Li o teu artigo sobre yamadori que está muito interessante e reencontrei vários aspectos que pratico igualmente. Lá mencionas que é muito generalista e que de espécie para espécie poderá haver ligeiras diferenças... gostarias de partilhar algumas dicas importantes que possam aumentar o sucesso com esta espécie em particular?

Antecipadamente obrigado
Nelson

Mário Eusébio disse...

Viva Nelson!

Não há grande segredo na recolha.

Primeiro ponto, não recolher uma árvore irrecolhivel, isto é, não tratar os pinheiros como folhosas, os pinheiros se não forem recolhidos com um bom bolo de raízes, mais vale deixar estar onde está e em segundo é o timming, mesmo antes do alongamento das velas, o que significa que devemos analisar antes da recolha, pois não há datas fixas. Na maioria dos casos finais de Fevereiro é uma boa data.

Abraço,

Mário Eusébio

Nelson F. Lopes disse...

Viva Mário,

antes de mais obrigado pelo feedback.

Era essa altura (Fevereiro) que tinha em mente uma vez que já recolhi outros dois pinheiros no mesmo habitat por essa altura e ambos vingaram. No entanto não tenho a certeza absoluta até à data qual a espécie. Creio que se tratam de Nigra.

Eram no entanto mais pequenos. Estão ambos comigo desde Fev. de 2008. Um semi-cascata shohin que já está em vaso bonsai e outro com ca. 50cm em caixa de madeira e que será transplantado na próxima primavera.

O Silvestris que pretendo tem ca. 80-90 cm de altura e não está em terreno muito fácil, mas creio que não impossível de recolher.
Tens experiência em recolhas por fases? Ou seja achas que o silvestris reage bem a um corte de raízes por etapas.

Dado ao potencial da árvore estava a pensar cortar meia lua de raizes agora em fins de Outubro/Novembro e recolher definitivamente em finais de Fevereiro. Qual a tua opinião?

Quanto às raízes: o silvestris tem muitas raízes finas superficiais ou mais uma raíz apical funda de onde saem as mais finas?!. Costumas escavar a que profundidade nesta espécie?

Desculpa lá este bombardeamento... e mais uma vez obrigado.

Mário Eusébio disse...

Viva Nelson!

Eu costumo recolher numa só fase, pois apenas recolho exemplares que me parecem ter mais hipoteses de sucesso na recolha. A profundidade é muito relativa e depende do tipo de solo onde estão, se for com pedra por baixo é natural que tenha uma ou duas raizes mais grossas enfiadas na pedra, mas se tiver raízes finas á superficie é só cortar essas raízes e preservar as finas. Eu costumo ser um pouco radical no corte dessas raízes grossas e até agora tenho tido uma taxa de sucesso elevada.

Os silvestres são das espécies de pinus mais resistentes á recolha, com outras espécies é preciso ter mais cuidado.

Abraço

Mário Eusébio